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A Arte Perdida da Argumentação E Como Isso É Importante Para Sua Empresa

Flavio Lima



Os dias atuais de dados abundantes tornam cada vez mais difícil construir informação (dados que fazem sentido) boa, quanto separar a boa da ruim. Uma pesquisa realizada pela Profa. Gloria Marks da Universidade da Califórnia mostra que o nível de atenção que em 2004 estava em média em 2,5 minutos, chega hoje a no máximo 47 segundos.


Esta diminuição do foco é reflexo direto da enxurrada de dados e informações disponíveis a todo momento e da quantidade gigantesca de distrações que isso provoca. Engajar pessoas em sua mensagem exige preparo.


Assim (esperando que não os tenha perdido até este momento), a questão de preparar bem a sua argumentação para o seu público interno de colaboradores e para o seu público externo de concorrentes, fornecedores, parceiros, e clientes é essencial. Melhor construído o argumento, mais chances de ser visto, lido, entendido e mais fácil de pavimentar a rota da transformação em direção à excelência que toda empresa deseja.


Adicional a este impacto direto da comunicação que você e sua empresa emitem, existe um segundo fator que pode beneficiar quem sabe bem argumentar. Saber argumentar implica saber das armadilhas que uma má argumentação é capaz de produzir. E com isso redução da possibilidade de cair nestas armadilhas e consequentemente reduzir o risco de tomar más decisões no dia a dia da empresa.


Sem pretender escrever um manual de argumentação, mencionarei rapidamente algumas falsas argumentações que podemos encontrar no cotidiano para despertar o espírito crítico na próxima vez que apareçam.


A compreensão de duas categorias de falsas argumentações são as bases primárias para nos deixar um passo à frente. A primeira destas categorias é quando se apresentam como conclusões mensagens que são baseadas em poucas fontes. Um exemplo clássico hoje é quando discutimos a IA (inteligência artificial) e se conclui que ela tomará todos os empregos do mundo. Essa uma falsa conclusão tanto pela escassez de dados que confirmem isto, quanto pela escassez de fontes de informação credíveis.


A segunda categoria abrangente é a de concluir que uma relação entre fatos é causa raiz e ignorar as alternativas que existem e podem contribuir para uma conclusão mais precisa. Um exemplo atual deste tipo é a onda de antagonismos que vemos em relação às ideias econômicas, políticas e sociais e concluir que se você não segue as ideias da corrente “L-ismo” você é naturalmente alinhado às ideias da corrente de “B-ismo”. Esquecendo que existem outros “X-ismo” à disposição.


Outras armadilhas cada vez mais frequentes são a ad hominem, em que você toma a sua conclusão contra algo que alguém disse não pelas suas qualificações, mas pela autoridade que esta pessoa representa. A armadilha ad ignorantiam, onde se insiste que algo é verdadeiro somente porque não se provou que esse algo pode ser falso. A ad populum, frequente nos meios políticos onde se apela para a emoção das massas para concluir que é verdade porque todos assim acreditam ou fazemos assim porque todos fazem. Sem dizer quem é esse todo. A falácia do espantalho onde se argumenta por uma conclusão baseada na ridicularização dos argumentos contrários.


Todas elas são conhecidas, descritas em detalhes e estudadas a tempos e todas elas têm um só objetivo. Deturpar a informação que sai e a que chega para que as conclusões influenciem suas decisões e as decisões de sua empresa.


O remédio para isso é se preparar e se cercar de pessoas e organizações que tenham credibilidade para ajudar à você e à sua empresa a se preparar para identificar as argumentações falsa que podem levar às más decisões, e tão importante quanto, a se preparar para argumentar corretamente e conquistar mentes e corações de colaboradores, parceiros, clientes, e trilhar o caminho da Transformação que leva à Excelência.

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