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A Tomada De Decisão

Flavio Lima

Mulher decidindo
Photo by Letizia Bordoni on Unsplash

Já vi e vivi a enorme dificuldade para a boa tomada de decisão em algumas organizações. Desde micro a grandes empresas e de segmentos diferentes como comércio e indústria.


Não estou falando somente da inércia em decidir. Ou da tentativa de "responsabilização granular" que é o termo que uso quando ninguém assume a responsabilidade por decidir (e às vezes pelo resultado da decisão quando as coisas não saem como planejado) e sempre levam a decisão nível acima e culminam em um colegiado. E aí todos decidem e ninguém é responsável por nada, exceto quando a decisão dá certo.


Estou falando da tomada de decisão sem as bases necessárias para reduzir os riscos que quase sempre se transformam em problemas e perdas. Indo passo a passo, então o que é uma tomada de decisão?


É decidir, podem dizer que estou chovendo no molhado.


Infelizmente não é. Uma tomada de decisão no ambiente de uma organização não é só a ação de decidir. Ou pelo menos não deveria ser.


Em um cenário que pode envolver desde uma decisão mais cotidiana e operacional sobre qual fornecedor de água mineral escolher e pode chegar até a avaliação e a seleção de uma alternativa no plano estratégico, a tomada de decisões tem o potencial de determinar o sucesso ou o fracasso e a extinção da própria organização.


Tomar decisões em ambiente organizacional envolve um processo que independente de quantas etapas existirem, sempre gira em torno da avaliação e seleção de uma ou mais alternativas para fazer frente a uma necessidade – estratégica ou operacional, para simplificar.


Avaliar e selecionar exige que se tenha base e critérios definidos. Uma tomada de decisão deve (não é poder, é dever) ser baseada em dados. E deve ter um processo que permita que estes dados ganhem sentido para que virem informação, e esta informação permita que se obtenha discernimento ou julgamento (insights para ficar mais chique e business language) que finalmente levem à ação de decidir.


É fácil notar agora que a ação de decidir é só a parte final. E que este processo de tomada de decisão exige preparação e antecipação para minimizar os erros. Ter os dados não é suficiente. Os dados têm que fazer sentido para que se transformem em informação útil. E ter a informação também não é suficiente se o seu pessoal não conseguir discernir ou julgar o que é melhor para a organização naquele momento. Aqui volto para a minha tríade Pessoas (preparadas para discernir e julgar), Processos (coletar dados, preparar informações para a tomada de decisões) e Resultados (bons se a tomada de decisão for bem feita).


Tornado simples, mas não simplista, o processo de tomada de decisão precisa iniciar pela compreensão do contexto e do cenário da decisão a ser tomada. Passar pelo entendimento da situação atual. Listar as alternativas disponíveis. Comunicar o máximo possível, independente desta ser uma decisão individual ou que envolva uma equipe. Decidir a alternativa em tempo hábil (procurando fugir da armadilha do ótimo que nunca chega). E finalmente monitorar os resultados para que se necessário for, reiniciar o processo e decidir por algo diferente.


Por fim, tenho que dizer que caso você consiga que sua organização seja irrigada* com esta forma de tomar decisões, ela estará dando mais um passo para a Transformação que a levará a Excelência.


*Como um amigo me ensinou algum tempo atrás a expressão irriguer em francês pode avançar por tornar alguma coisa acessível e fértil)



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