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Uma organização, pode ser a sua, deve estar em movimento constante para pesquisar, comprar, produzir, vender, posicionar-se em relação ao mercado e em relação aos concorrentes, agradar o cliente, manter o colaborador motivado. E a saída para saber se tudo está se desenvolvendo de acordo com as expectativas é implementar um conjunto de indicadores, especialmente para as atividades-chaves.
Medir é parte da natureza das organizações. Saber o que medir e bem medir nem tanto.
E o que medir e bem medir é um dos problemas que mais irão contribuir para que sua organização progrida ou regrida.
Em muitas ocasiões o apego ao micro gerenciamento traz um excesso de indicadores a seguir e um nível de estresse desnecessário à toda a organização com a crença que indicador é um vaticínio que predirá o futuro. E assim se perde a saúde mental e a sinonímia da palavra que tem raízes mais em descobrir e sinalizar que predizer o futuro.
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No outro extremo a insuficiência de indicadores que pode denotar um estilo mais solto e leve de gestão trará muitas dificuldades para o cotidiano da organização e a impossibilitará de identificar onde está e para onde ir. E como os antigos áugures romanos, que assistiam alguns generais antes da batalha, em breve você e sua organização estarão no caminho de matar pássaros e ler suas entranhas para adivinhar onde investir seus recursos e suas questões estratégicas. Possivelmente não dará certo.
Em suma, muitos indicadores dizem nada tanto quanto nenhum indicador.
E de onde viriam os indicadores para a sua empresa?
Passando pelo óbvio que qualquer um encontraria no Google como indicadores empresariais e que podem servir em algum momento de referência, o melhor lugar para encontrar os indicadores que fazem sentido para sua organização é o olhar aprofundado nos processos que a constituem. E para isso é necessário ter uma cartografia de processos, por mais rudimentar que ela possa ser se sua organização estiver no início da jornada, ou mais aprimorada se a organização já existe a algum tempo.
Com uma cartografia, que nada mais é que um mapa de como sua organização está organizada e quais as atividades e recursos (processos) ela utiliza para essas atividades, o trabalho de identificar os indicadores será mais proveitoso e rápido.
Suas atividades chaves, aquelas que têm que acontecer para sua organização continuar a existir, vão demandar indicadores especiais. Os KPIs – key performance indicators, ou indicadores-chave de desempenho – e o acompanhamento destes devem ser parte do cotidiano de sua liderança. Cuidado redobrado aqui. Ao definir KPIs a tendência é que tudo seja chave. E quando tudo for chave, nenhum será. Alegoricamente vamos imaginar que você tenha uma porta para abrir. A porta que abre para o bom desempenho. E que você tenha 600 chaves (KPIs) disponíveis. O que acontecerá é que você abrirá a porta em algum momento, mas será em um tempo enorme e provavelmente muito depois dos concorrentes.
Uma definição correta de indicadores também vai ajudar a identificar se toda área ou atividade presente hoje está estruturada no nível correto para a organização. Por vezes vai-se fazendo uma atividade ou mantendo uma área e ela sequer tem indicadores para medir seu desempenho. E se não tem indicador, não se sabe o que acontece, não se sabe qual a tendência para o futuro e não se sabe a importância e o impacto que o desempenho desta área ou atividade tem na perenidade da organização.
Finalmente, seguem 2 recomendações finais sobre o tema de indicadores. A primeira é que eles são meios e não fim. Perseguir um indicador de forma irracional mostra que sua organização está descolada da realidade e mais cedo ou mais tarde ela naufragará. O indicador não é previsão de futuro. Ele é um sinalizador. É um meio para que sua organização consiga agir e reagir para ter perenidade. A segunda é a sua definição de indicadores que fará o balanço entre muitos e insuficientes deve se apoiar em expertise interna e externa. A interna usando o conhecimento empírico do cotidiano da organização aliada à externa que vai evitar que muito esforço seja despendido para reinventar a roda.
*http://runeberg.org/nfbb/0226.html, Public domain, via Wikimedia Commons - imagem do áugure
Credit James Wheeler and link to www.souvenirpixels.com - imagem da encruzilhada
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