Se sua organização existe, ela tem uma atividade, qualquer que seja, e ela tem riscos associados.
Se pegarmos uma definição formal do que seja um risco, por exemplo da norma ISO 31000 que diz que risco é o efeito da incerteza nos objetivos, já se pode intuir que o risco não representa necessariamente um efeito negativo. O feito da incerteza, ou o risco, podem trazer efeitos negativos, vamos chamar de problema, ou efeitos positivos e contribuir para sucesso e excelência.
Esta jornada do risco deve iniciar com 2 primeiros passos. Conhecer o risco e tratar o risco. Isso é o essencial em termos de risco para ir em direção ao sucesso duradouro e à excelência.
Sabendo ou não da teoria ou da definição de risco, você e sua organização o conhecem e o tratam no dia a dia. Você no seu trajeto para o trabalho escolhe o melhor caminho para chegar no horário. Evita as vias com risco de engarrafamento que podem atrasar a sua viagem. Sua organização tem um planejamento das atividades do dia para evitar o risco de ter falta ou excesso de insumos para completá-las.
Entretanto a questão que se põe é se o que está sendo feito é suficiente. E na maioria das vezes não o é.
E como o tema pode ser abordado para que seja suficiente?
Em primeiro lugar é necessário que seja feita uma avaliação do contexto da organização. Perguntando por onde ela quer começar. Por toda a organização, por parte dela, por algumas áreas. Esta definição é essencial para começar com o pé direito.
O passo seguinte é que essa avaliação de contexto seja executada com olhos atentos para o que formalmente ou informalmente já existe sobre o risco em processos ou ferramentas utilizadas. E que ao final da avaliação se tenha claramente relatado quais as lacunas que foram encontradas versus as normas, regulamentações e especificidades da área de atuação de sua organização.
O resultado desta avaliação é uma garantia que o foco de discussão do tema risco não fique sujeito a adotar uma ferramenta ou uma metodologia que seja desnecessária, pouco adaptada à realidade e que não trará resultados.
Até aqui as etapas são simples e relativamente rápidas de serem executadas. A etapa seguinte é mais complexa e envolve uma abordagem para garantir que as ações não se percam no tempo ou na próxima mudança de gestão ou liderança. Aqui saímos da abordagem puramente técnica do risco para uma reflexão sobre como influenciar o dia a dia da sua organização (sua cultura) para que risco esteja nas conversas em todos os níveis.
Uma abordagem dividida em 2 eixos: PROCEDIMENTAL que vem do resultado da avaliação do contexto da organização e do que ela realmente precisa. E ATITUDINAL que envolverá ações que abracem todas as pessoas em todos os níveis da organização.
Todos em sua organização devem ser capazes de saber com suas próprias palavras o que é um risco e diferenciá-lo de um problema. Todos devem ser capazes de avaliar suas atividades e os riscos envolvidos. Todos devem ser capazes de contribuir para o tratamento de cada risco em cada esfera da organização. E isso se dará com o desenvolvimento de competências e com a adoção firme da alta administração do papel de irrigadores da cultura de prevenção ao risco.
Não serão as ferramentas ou os métodos de tratamento de risco a chave para o sucesso de tratamento do tema.
Será a junção dos eixos PROCEDIMENTAL e ATITUDINAL a única garantia de uma maior probabilidade de sucesso para mudar a cultura da organização e garantir a mentalidade perene de identificação e tratamento do risco.
Para sua organização, tratar o risco é mais um passo em direção ao sucesso, à perenidade e à excelência.
Комментарии